terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Mãos ao alto.


E não há nada pra lhe falar, é tudo velho e em desuso. Eu gastei o meu latim, gastei o meu português bem falado, gastei até o meu falho albanês mesmo nem sabendo como começar a falar tal língua, talvez por isso você não tenha me entendido, eu não contava com a possibilidade de você falar uma língua que só você conhecia.  Eu gastei o que eu tinha e o que eu não tinha, e eu falo sério,  apelei desde estratégias de guerra até cartas de amor, desde  poemas sem rimas até rimas de poemas. Eu lembro que nessa época, eu apresentava um retardo que agravava o meu quadro irracional, tremo ao conscientemente admitir que até passional , eu reviro mais ainda este baú e encontro lembranças de alguns sorrisos que eu não lembrava existirem tão geniosos, eu nem me reconheço com aquele sorriso tão insano, tão incalculável e despreocupado. Sacudindo a cabeça, os pensamento vão para fora e retornam, como se eu estivesse socando um saco de areia, rebatendo-me com um de seus trechos que já passei de "50 receitas" para esquecer . Suspiro tão alto que sinto o chão se abrir, deve ter sido algum japonês reclamando de tão gritante barulho. Mudo de orbita, de reta, olho pela greta e você também já foi embora, me arrisco a dizer que primeiro que eu, insistem em dizer que foi temporário, eu afirmo que temporário tem volta e eu sou muito eu, pra ficar. Eu estaria mentindo se ... mas, por que deveria me importar com mentiras ? Talvez elas sejam mais altas e fortes que a própria muralha da china, afinal não foi delas que você se cercou ? Ficaram intransponíveis, insuperáveis e invencíveis, eu fui soldado dessa muralha e hoje sou rendição, abandonei o posto, cansei de guardar pedra. Pedras nos meus sapatos, pedra nos meus sentimentos, pedras no meu caminho, pedras no meu coração, até parece que que as roubou de mim e murou você.  "- É, foi isso que você fez roubou de mim, até a mim. " Houve um consentimento mútuo e um livro fechado.


M.castro

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Beber ou não beber eis a ressaca !

Acreditem, eu adoro o café com leite e o feijão com arroz, mas na minha vida eu prefiro incrementar mais, prefiro saber que do outro lado do muro existe todo um mundo que eu ainda preciso alcançar, o horizonte é grande e eu também. Adoro a simplicidade das coisas, mas as vezes gosto de ter que pensar na complexidade de toda a causa, gosto de quebrar a cabeça com quem quebra de vez meus paradigmas. Vivo em um mundo que já estava aqui antes de nascer, mas eu gosto de saber que imprimi nele minha própria grama verde, meu próprio jardim do éden. Eu adoro um jeans e uma camiseta e também gosto das dores que os sapatos altos em prol da beleza me causam, ser bonita não pode ser simples todos os dias. Me jogar no sofá depois de um longo dia, me faz sentir em casa, mas uma bela esticada para sorrir com os amigos chega a me honrar. Aquele boteco de ponta de esquina, estende um tapete vermelho a cada "convidado", eles conhecem sua roupa (isso significa que você precisa mudar de bar) conhecem seu nome e já conhecem o " de sempre " , nos "reais"(reais em sentido mesmo financeiro) lugares que você deixa sua alma na máquina de cartão você é só mais um cliente que não pode esquecer de pagar, afinal eles não precisam de ninguém para lavar pratos. Eu queria ser mais atleta, mas uma bela preguiça as vezes me caí tão melhor que não seria legal andar por ai de pantufas e blusão, já basta essa minha cara de sono que emite provas contra mim. Eu ja quis ser outra pessoa, mas sempre me lembraram do quanto eu sou, neste corpo, com esses olhos, sorriso e memórias e fui remetida a toda e incrível sorte de não ser um outro alguém e então agradeci. Ah sorte, você me vem sempre que não sei o que está pela frente, quando não quero saber o que te reserva a vida, por que afinal mesmo o bom é você chegar de surpresa e ser encaixado na última vaga que restou. Eu quero um amor, todo mundo quer , mas me arrisco a dizer NÃO SOU TODO MUNDO, então não me venha com qualquer coisa, por que qualquer coisa eu peço quando eu não sei o que pedir. Não existem muitas de mim por ai, não existem muitos de ninguém por ai, eu não quero regras, então não me venha com jogos, mas também não quero hoje comer feijão com arroz, no amor eu prefiro nem comer, eu prefiro mesmo é beber até a última gota e se tiver que me lembrar no outro dia, que seja sem ressaca.

M.Castro