Um sorriso assim disfarçado, um assim
sei lá, de canto de boca, daqueles que acontece e você nem acredita que o fez, já
passou, já foi, dentro do sorriso os pensamentos mais felizes passaram, alguns
confesso que ainda nem são meus e eu posso apostar que um pensamento inatingível
tem se passado por vontade incrédula, inexperiente e mesmo assim um tanto convincente.
É eu sorri pensando em alguém, sorri do nada, quase involuntário, senti que nem
conseguia responder com algum estímulo, quem criou a reação, não imaginou que a
ação poderia ser tão imperceptível. Sorriso mascarado cobriu de vez a minha
inteligência, driblou meu foco e desarmou minha atenção, escalou o ponto mais
alto de uma nômade saudade, exibicionista com um impasse na descrição, desgarrada
ovelha, quer incriminar todo bando, patinho feio que contradiz um conto e quer
por que quer ser notado por ser diferente e eu que sou só uma contadora de história
me sinto por vezes confusa com os fins trocados, com as páginas rasgadas e com
novos destinos. Esperando que minha cabeça balance de um lado para o outro espantando
qualquer pensamento que ande me causando vulnerabilidade, afinal mais
assustador do que não conter o involuntário é poder conter o voluntário e nada
querer fazer. Eu então por intermédio desse destino fanfarrão consigo abrir um
sorriso pensado, calculado, que eu poderia conter. Um sorriso gratuito que eu
poderia custear um sorriso quase uma gargalhada sonoramente que eu poderia
esconder, e esse sorriso simplesmente se fez rir, achando graça de quem dança “mimicamente”
com seus próprios “medos” de desejo, que já tramitam verticalmente em uma
escala gigantesca, que samba nas alturas, concede a dança ao acaso e abraça a
musicalidade para reescrever o que sempre teve continuidade.
M.Castro
M.Castro
O tempo é muito lento para os que esperam
ResponderExcluirMuito rápido para os que tem medo
Muito longo para os que lamentam
Muito curto para os que festejam
**Mas, para os que amam, o tempo é eterno.
;}
*L.G.* Via -> (W. Shakespeare)